Aventura amazônica: veja roteiro de 4 dias por Alter do Chão
Sobre o Hotel
08/03/2022
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Com uma cultura forte e belezas naturais “de cair o queixo”, a cidade abriga Alter do Chão , o “caribe brasileiro”. Escolhido como um dos 10 melhores destinos do mundo para conhecer no ano passado, pelo jornal O Estado de S. Paulo, o distrito as margens do Rio Tapajós é uma ótima pedida de viagem para o verão.
Como Chegar?
Avião
Para quem optar pelo transporte aéreo, o aeroporto mais próximo de Alter do Chão fica em Santarém , a 33 Km de distância. Santarém recebe vôos diretos de Brasília, Belém e Manaus.
Ao chegar ao Aeroporto Internacional de Santarém – Maestro Wilson Fonseca, é preciso pegar um ônibus urbano de Santarém até Alter do Chão, porém não tem ônibus direto do aeroporto. Então pegue outro ônibus até Avenida Tapajós e de lá pegue o transporte para a vila. Os ônibus partem da Praça Barão de Santarém. A viagem dura em média 40 minutos.
Aos que preferem uma viagem mais rápida e individual, é possível contratar um serviço de transfer ou táxi. Os transfers saem em torno de R$70 por pessoa e o táxi cobra cerca de R$130 pelo trajeto.
Outra opção é alugar um carro no aeroporto. Partindo de Santarém: via Estrada Santarém a viagem dura cerca de 40 minutos.
Barco
A partir de Manaus e Belém saem barcos para Alter do Chão. De Manaus a viagem dura dois dias e de Belém, três dias.
Os preços variam conforme a embarcação e acomodação que optar, podendo ir de uma simples rede até uma suíte. Dá para se informar sobre o serviço através do Porto de Manaus (92 3233-7061), Porto de Belém (91 3182-9136) ou o de Santarém (93 3512-8500).
Quando ir?
Com duas estações bem definidas, uma de chuva e uma de seca, Alter do Chão não deixa a desejar com suas belezas naturais em nenhuma delas. A mais bonita é a época de cheias, porém não haverá praias determinadas. Por isso, o melhor período para turismo é durante a seca.
Alta Temporada: o verão amazônico, temporada de seca, vai de agosto a dezembro e é a época em que surgem as praias, com faixas de areia bem extensas. Há mais opções de restaurantes e hospedagens nessa época e o turista pode aproveitar o Çairé, famoso evento folclórico e religioso, que acontece em setembro.
Baixa Temporada: o inverno amazônico abre a temporada de chuvas, indo de janeiro a julho, ideal para quem quer fazer passeios de barco em meio à floresta, tomar banho de rio e conhecer as comunidades da região. Nessa época o cenário na vila é bem diferente: as águas cobrem as praias e faixas de areia, inclusive a Ilha do Amor. O mês de janeiro sinaliza o início das chuvas, mas ainda promete que os viajantes conheçam as praias.
O que fazer?
1º dia em Alter do Chão - Lago de Tapari e Praia da Ponta de Pedras
O primeiro dia pode começar pelo Lago do Tapari, acessível pela Praia de Itapari (vizinha à Praia da Ponta de Pedras). Para chegar à Praia de Itapari, o trajeto pode ser feito de barco pelo Rio Tapajós ou por estrada.
O lugar é conhecido como Lago Preto por conta da sua cor mais escura. Quem der um mergulho no lago tem sempre uma surpresa, já que passam correntes de água fria e morna. Por lá também dá para ver pequenos peixes. É uma boa opção para quem busca privacidade e sossego total em meio à natureza.
No mesmo dia é possível conhecer - e almoçar - na Praia de Ponta das Pedras. Localizada às margens do Rio Tapajós, a Praia da Ponta de Pedras é um belo cenário para curtir o resto do dia. Com uma grande variedade de restaurantes, é indicado para os turistas que preferem praia com infraestrutura. Ainda dá para cruzar o Tapajós em direção ao Canal do Jari e visitar a comunidade local.
Se fizer o passeio de barco, a última parada será a Praia Ponta do Cururu. Sem estrutura turística, quiosques ou ambulantes por perto, o atrativo da praia é o pôr do sol, que segundo muitas pessoas, é o mais bonito da Amazônia.
À noite vale a pena jantar na praça central da cidade, onde se concentram restaurantes, lanchonetes e barracas de comida. A culinária paraense é criativa e peculiar e é impossível visitar o Estado sem provar o aviú, um micro camarão de água doce. Os peixes amazônicos, como o pirarucu, tambaqui e tucunaré também não podem faltar no seu cardápio.
2º dia em Alter do Chão - Praia do Pindobal
Com águas tranquilas e cabanas de palha, a praia é perfeita para repor as energias e tem boa estrutura de bares e quiosques. Quem quiser praticar exercícios, é possível alugar stand up paddle e caiaques. Para chegar à Praia do Pindobal é possível ir de carro ou barco pelo Rio Tapajós.
Para a programação noturna, Espaço Alter do Chão funciona como casa de shows e restaurante, oferecendo apresentações de Carimbó. O ‘Restaurante Mãe Natureza’ tem música ao vivo, além de saladas, panquecas e drinques deliciosos.
3º dia em Alter do Chão - Ilha do Amor
Um dos principais cartões-postais da vila, a Ilha do Amor não pode faltar no seu roteiro. Localizada em frente à orla da cidade com suas areias brancas e águas claras e cristalinas, não é exatamente uma ilha e sim uma pequena península no meio do Rio Tapajós.
Lá o turista encontrará diversas barracas, mesas e guarda-sóis à disposição. Para quem gosta de esportes, a pedida é montar um time de futevôlei ou praticar canoagem. Para chegar até a Ilha do Amor, é preciso pegar uma catraia (espécie de canoa) ou lancha rápida. A travessia é curta. No auge da seca, em novembro, é possível ir caminhando até a Ilha do Amor, saindo da orla de Alter do Chão.
Um atrativo para os que acordam cedo. Nas primeiras horas do dia dá para fazer a trilha da Serra da Piraoca. No lado esquerdo da orla e terá uma placa indicando o início do atalho. A caminhada dura cerca de 30 minutos e, do alto da Piraoca, você aprecia a melhor vista da Ilha do Amor e de praias próximas, como a Ponta do Cururu.
4º dia em Alter do Chão - Floresta Nacional dos Tapajós
Feche o último dia em Alter do Chão com a famosa Floresta Nacional dos Tapajós te dá o privilégio de fazer uma trilha em plena floresta amazônica.
Saindo de Alter do Chão, são aproximadamente 35 Km em estrada de terra até a Flona. Também é possível fazer a viagem de barco, de preferência lancha rápida. Para fazer a caminhada, você deverá pagar um guia nativo que cobra R$100.
Existem duas comunidades na Flona: Maguari e Jamaraquá. Para cada uma há uma trilha diferente. Além de conhecer as famílias que vivem ali, o passeio apresenta cipós, lagos, frutas da floresta e praias. Porém são os igarapés e as sumaúmas, árvores de quase 70 metros de altura, os maiores atrativos do local.
Dica importante! A trilha é longa e leva horas de caminhada, por isso leve água, frutas e repelente. E não deixe de se refrescar com um banho gelado de igarapé. Por fim, a única parte difícil em conhecer Alter do Chão é que, depois de tanto contato com a natureza, a volta para casa pode ser dolorosa.
Matéria publicada pelo site: IG Turismo